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Desafio Zero, Guia prático de redução de desperdício - Eunice Maia

19,90 €

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Descrição:
Guia Prático de redução de desperdício dentro e fora de casa
de Eunice Maia

"Esta é a história da minha caminhada (imperfeita) de redução de desperdício. Durante muito tempo, a minha vida pautou-se por um consumismo excessivo, irresponsável, apagado de qualquer consciência ambiental.

Devo à missão da Maria Granel e à comunidade bonita que se formou em torno dessa missão as aprendizagens que partilho neste livro. Inspirada por duas mulheres, Bea Johnson Ana Pêgo, que me deram a honra de prefaciar este livro, comecei a minha jornada. Pequenos passos, pequenos gestos, com impacto imediato.

Além de um testemunho na primeira pessoa, este é sobretudo um guia prático, que inclui dicas, receitas, sugestões práticas (contando com as ilustrações lindas da Helena Loução com vários tutoriais "passo a passo" e com as fotografias maravilhosas da Daniela Sousa (Lance Collective) e do Gustavo Figueiredo) e que mostra como fazer a mudança. É um relato real das dificuldades, frustrações e (eco)ansiedades, mas também das pequenas vitórias, celebradas com muita esperança e otimismo.

Começamos dentro de casa (primeira parte), passando por todas as divisórias partimos, depois, para a escala coletiva, fora de casa, para contagiar a comunidade. Assim, estão aqui reunidas várias formas de reduzir o desperdício nas idas às compras, no cuidado com os animais de estimação e até na organização de eventos, como casamentos, festas de aniversário ou os festejos natalícios.

E porque tudo o que escrevi aprendi em e com esta comunidade, não podiam faltar as referências aos projetos de coração e às pessoas que iluminam o trajeto e mostram o que é trabalhar com propósito. Há ainda uma galeria de (z)heroes nacionais e internacionais. Tive o privilégio de contar com o contributo do Rodrigo Sabatini , que escreveu sobre o movimento #zerowaste e a utopia feita realidade das cidades #lixozero

Este livro é lançado em 2020,  num momento decisivo, em que vivemos uma gravíssima crise climática. Reduzir os resíduos que geramos e repensar a forma como consumimos são duas das medidas urgentes que precisamos de adotar. É hora de agir. A revolução começa aqui, dentro de nós. Estamos juntos!

Parte da receita reverte para duas instituições criadas por mulheres cujo trabalho apoio e admiro Reflorestar Portugal e Ocean Alive.

Muito obrigada! Estamos juntos! Eunice"

 

Material Embalagem:
S/ Embalagem

Origem:
Queluz de Baixo, Portugal

Sobre:
O que pode encontrar neste livro?

É um guia prático de redução de desperdícío em casa e fora de casa, cheio de dicas, receitas (dezenas), pequenos gestos de mudança para um estilo de vida mais consciente.

Receitas e dicas:
- organização da despensa e do frigorífico;
- acondicionamento de alimentos;
- receitas desperdício zero (menu para uma semana);
- calendário sazonal ilustrado;
- ilustração passo a passo de compostagem doméstica;
- detergentes DIY;
- cosmética caseira;
- armário e manutenção da roupa;
- kit de sobrevivência fora de casa;
- projetos em comunidade;
- guia para realização de eventos sem desperdício;
- sugestões para uma escola lixo zero;
- inspirações: projetos nacionais e internacionais que estão a fazer a diferença;
- contributo de Rodrigo Sabatini, do Instituto Lixo Zero Brasil e da Zero Waste International Alliance


Pode ver o índice e ler um excerto do livro aqui

O que dizem os leitores

"Livro muito bom, bem escrito, e que sei que vou ter sempre a mão, pois está cheio de informação útil. Aconselho a todos os que querem saber mais sobre o estilo de vida Zero waste. A autora faz-nos ter noção dos problemas relacionados com a quantidade de lixo que fazemos, como sociedade, mas de uma forma lógica, sem nos querer causar o pânico ou ecoansiedade, apresentando soluções para implementarmos pouco e pouco."
Bruna, in Good Reads

"Se queres ler mais sobre o Desperdicio Zero mas só queres investir num livro, então, que seja este!! Muito completo, com receitas caseiras, dicas fora da caixa dentro da realidade portuguesa. A leitura é fluida, tem fotografias ilustrativas apelativa e todo o design está muito bem conseguido. Melhor livro sobre Desperdicio Zero de sempre, recomendo!"
Marta Chan, in Good Reads

"Fiquei muito feliz por ler este livro. Não tinha a certeza para o que ía.
Já introduzi algumas praticas sustentáveis no meu dia a dia, muito por influência das redes sociais, e vim a descobrir que este livro seria uma pequena enciclopédia daquilo que a jornada zero waste é... Decidi prontamente comprar.
Foi mais leve do que esperava, nada fundamentalista, e com um olhar muito brilhante em relação ao futuro. Faz sugestões fantásticas, que vou complementar com os testemunhos de outras personalidades e livros mencionados neste. 
Recomendo a qualquer pessoa que se preocupe com a sua pegada ecológica e que queira ter uma presença mais consciente neste planeta." 
Luana Coelho, in Good Reads

"Bom livro para quem se quer iniciar no mundo de reduzir desperdício e não sabe bem por onde começar.
Gosto especialmente que seja dito mais de uma vez ao longo do livro que mais do que fazer bem e ter um desperdício zero, o que interessa é começar e termos vontade de mudar a forma como consumimos. Tantas vezes damos connosco a encontrar informações (livros, blogs, por aí fora) que têm uma abordagem tão agressiva que nos sentimos quase atacados nos nossos hábitos e acabamos por ficar paralisados sem saber bem por onde começar, ou tentamos fazer tudo de uma vez, falhamos e somos inundados por uma frustração castradora que acaba por nos fazer desistir da ideia. Há mudanças que se querem lentas, mas duradouras."
Ana, in Good Reads

A Eunice Maia é sem dúvida, uma das pessoas que mais me inspira na área do empreendedorismo sustentável. Criou um projeto lindíssimo chamado Maria Granel, que para mim está muito perto de ser uma loja de sonho. Claro que já a entrevistámos aqui no blog e adoramos todas as suas partilhas, por isso podermos agora contar com todas essas ideias reunidas num livro é um enorme privilégio. Esta partilha transformada num guia prático, onde nos conta a sua jornada "imperfeita" (e por isso tão humana) é mais que uma boa surpresa. O caminho para a construção
da sua loja, as suas dicas/receitas e mezinhas para uma vida mais sustentável e de como o "granel" mudou a sua vida, são pequenas revoluções que podem mudar
muito mais do que aparentam. Pois como diz a Eunice "O desperdício zero é uma utopia na qual vale a pena acreditar". Espero que gostem tanto como eu!

Joana Seixas
"I Met God, She's Green"

ISBN: 9789898975355 
Edição: 02-2020
Editor: Manuscrito Editora 
Idioma:  Português 
Dimensões: 148 x 229 x 18 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 296
Prefácio: Bea Johnson e Ana Pêgo
Ilustrações: Helena Loução
Fotografias: Daniela Sousa; Gustavo Figueiredo; Paulo Dinis; Beatriz Silva; Shutterstock
 

Sugestões e Receitas:
Podem encontrar no nosso blogue várias das receitas do livro, passo a passo, fotografadas pela Cristina Vaz.

Rostos e Histórias:
Da introdução do livro, nas palavras da autora, Eunice Maia

"Os próximos capítulos são o relato na primeira pessoa do meu processo longo, lento e imperfeito de redução de desperdício, que só atingiu a maturidade em 2018 e que continua a consolidar-se. Se me dissessem, há cerca de dez anos, que escreveria um livro sobre esta minha jornada e que vos lançaria um desafio como este, nunca (mas nunca!) acreditaria. Durante muito tempo, a minha vida foi pautada por umconsumo excessivo e irresponsável, apagado de qualquer consciência ambiental e totalmente desvinculado de uma preocupação com a sustentabilidade do planeta. No meu passado, não há qualquer vestígiode ativismo ambiental. Bem pelo contrário. Eu era a personificação deum pequeno desastre a esse nível, dado o meu estilo de vida: todos os meses corria para as lojas de fast fashion e esbanjava uma parte muito significativa do meu ordenado em roupa e sapatos. Além da moda, a delapidação ia mais longe e incluía cremes, perfumes, artigos e serviços de beleza. Quando chegava a casa, o impulso dava lugar ao vazio, a felicidade instantânea da aquisição dava lugar à angús- tia da acumulação sem sentido. Tinha o armário cheio, mas não me conseguia ouvir nem encontrar em tanto ruído, em tanto estímulo. O meu único contributo — pensava eu na altura — era reciclar, e esse gesto enchia-me as medidas, aplacando-me a culpa de consumir tanto.

A minha infância, no entanto, foi de profunda comunhão com a natureza e de respeito absoluto por esse elo sagrado — algo que eu só valorizaria depois. Venho de fora, como tanta gente que mora em Lisboa. Sou minhota, cresci entre levadas graníticas e granjas abundantes, entre o milho e a vinha, no regaço verde da aldeia. Pertenço a uma família de gente do campo, que nele trabalhou e nele encontrou sustento durante várias gerações. A distância começou por sussurrar bem baixinho a saudade, para depois ir gritando com toda a força como me faziam falta o verde do Minho, andar descalça pelos campos, o som líquido dos regatos, as festas das colheitas, das vindimas e das procissões, ao ritmo das estações, a broa de milho da minha avó, acabada de sair do forno de lenha, ou o céu mais estrelado de sempre nas noites de verão. Esse pulsar ancestral cheio de vida, esse orgulho de ser descendente de lavradores, só vieram mais tarde. Lembro--me bem de o meu pai, desde sempre, correr ao fim de semana da cidade (e depois de uma semana de trabalho extenuante) para o campo, de ansiarpor aquela liberdade a cada dia, e de o achar louco por preterir o confortode casa para se en ar no frio, na chuva, na solidão de umas leiras de terra. Imputei-lhe o mesmo diagnóstico de loucura quando fizemos centenasde quilómetros para ir perceber com especialistas do assunto como fazer minhocultura e vermicompostagem. Em nossa casa, sempre se separou o lixo e sempre se compostou no quintal e se deu nova vida aos resíduos orgânicos que, depois de transformados em adubo, fertilizavam a nossa horta. Tudo isso acontecia sem que eu interviesse ativamente — era até o oposto, fazia questão de me manter longe dessas rotinas e escapulia-me sempre que podia a estas tarefas.
O meu pai, sem nunca o pretender ser, talvez tenha sido o primeiro «ativista ambiental» que conheci. O seu amor à terra, que eu não percebia— às vezes, até nos revoltava, a mim, à minha irmã e à minha mãe, porque o levava para longe de nós antes de o sol nascer e só o trazia de volta, de galochas e cestos pletóricos de legumes e fruta, depois de o sol se pôr —, agora enternece-me, comove-me e inspira-me. Foi com ele que aprende-mos a semântica da poupança (energia, dinheiro, comida...) e aplicámos, sem saber, a lei de Lavoisier: «Nada se perde, tudo se transforma.»"

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